Um PM promoveu um
choque de ordem no trânsito de uma pequena cidade do interior do Paraná. E
acabou comprando uma briga com moradores e políticos.
Na cidade de 13 mil
moradores e trânsito sossegado, a imprudência era rotina. Ninguém usava cinto
de segurança, nem capacete.
Um comportamento que
vem mudando de uns tempos para cá. “Agora que diz que precisa usar, eu estou
usando”, confessa o taxista Dito Endo.
A farra acabou com a
mudança no comando da PM de Tamarana. Um sargento linha dura assumiu o cargo e
adotou uma política de tolerância zero com as infrações de trânsito.
“É o que me compete.
E eu fui preparado e capacitado para isso”, diz o sargento da PM Michel
Jovanovich.
Nas ruas, a caneta
não para. A equipe do sargento aplica em média duas multas por dia e já
apreendeu quase 200 veículos, a maioria motos. O rigor espantou agricultores
que costumam rodar na cidade em situação irregular. O movimento no comércio
caiu e foi uma chiadeira só.
O protesto chegou
até a Câmara de Vereadores, que resolveu convocar o sargento Michel para dar
explicações.
“Ele respondeu todas
as perguntas, a população questionou, os vereadores questionaram”, contou o
vereador Renato Gonçalves.
A ata da sessão
mostra um grupo preocupado com a fiscalização. Moradores e vereadores falaram
dos prejuízos na cidade e sugeriram que polícia fizesse uma campanha de
orientação antes de aplicar as multas. O sargento bateu o pé. Disse que as leis
já são conhecidas de todos e que vai continuar de olho nos abusos.
“O tom foi de pressão. Independente de ser uma
cidade pequena, na área rural, a lei é para todos. Ela deve ser cobrada, sim”,
disse o sargento.
Na cidade que
reaprende a cumprir as leis na marra, a discussão ganhou as ruas. Fonte Jornal Nacional 30/05
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