Durante o tempo destinado à liderança da oposição, o vereador João Alfredo (PSOL) criticou a possibilidade de demissão de servidores municipais que estão em greve. Segundo ele, notícias publicadas na imprensa cearense afirmam que a prefeita Luizianne Lins estaria disposta a demitir servidores grevistas que cumprem estágio probatório.
Segundo o parlamentar, caso assine o decreto aprovando a demissão dos 153 servidores da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC), a gestora municipal estará “rasgando uma história de luta que foi muito bonita.”
O líder do Executivo, Ronivaldo Maia (PT), defendeu os esforços da gestão em atender às categorias. Para ele, as reivindicações são legítimas, mas a administração não pode conceder tudo. “Administramos para 2,5 milhões de fortalezenses, não só para os servidores.”
Ele citou como exemplo da disposição da Prefeitura em atender os grevistas o reajuste proposto para os agentes de trânsito, cujo salário passaria de R$ 2.120,00 para R$ 2.480,00. Esta categoria, conforme ele, foi ainda beneficiada ao longo dos últimos sete anos com ganho real de 176% (subtraindo a inflação do período, de 41%, chega-se a um ganho de 95%, de acordo com Ronivaldo).
Dizendo-se profundamente decepcionado, João Alfredo lembrou os tempos de luta pela classe trabalhadora quando era filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Eu não nego minha história. Não vou negar 25 anos de minha vida. Mas, à época em que fazia parte do PT, o partido defendia a greve e os servidores”.
Antes de finalizar seu pronunciamento, João Alfredo lembrou que, por diversas vezes, a prefeita, enquanto vereadora e deputada, denunciou políticas de perseguição aos servidores e que, recentemente, foi um senador do PT (Lindbergh Farias) quem propôs anistia aos bombeiros que estavam em greve do Rio de Janeiro.
Fonte: Câmara municipal de Vereadores de Fortaleza
Fonte: Câmara municipal de Vereadores de Fortaleza
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