Agentes de trânsito de Fortaleza entregam motos e ocupam prédio da AMC


Cerca de 150 agentes da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) ocuparam, na manhã desta segunda-feira (6), a sede do órgão, na Avenida Aguanambi, no Bairro José Bonifácio em Fortaleza. Segundo os agentes, a ação é uma forma de pressionar o governo municipal a negociar as reivindicações da categoria, em greve desde a última sexta-feira (3).
Na ocupação, os agente entregaram as motos, veículos usados por eles para realizarem as fiscalizações nas ruas da capital cearense, e pediram para que servidores desocupassem o prédio. "Tudo foi feito de forma pacífica", afirmou Eriston Ferreira, vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza, e que também é agente de trânsito.
"Pedimos só que o município negocie e não fique falando sobre gastos que não existem", afirmou Eriston, se referindo a pronunciamento feito nesta segunda-feira (6) pela prefeitura, quanto as reivindicações de reajuste salarial.
De acordo com Eriston, a categoria conta hoje com 428 agentes de trânsito. Destes, 320 vão às ruas e os outros 108 realizam trabalhos internos ou administrativos na AMC. De braços cruzados, ainda segundo Eriston, estão todos os 320 agentes. Sem ter como operacionalizar, Eriston informou que os supervisores (responsáveis pela organização das operações e distribuição de efetivo) também tiveram que parar. Também estão na greve os agentes que trabalham na central do órgão, fechando uma conta de cerca de 370 agentes em greve.
Quanto a reivindicações, o vice-presidente do Sindifort diz que eles pedem aumento da gratificação de R$ 170 para R$ 450, e a incorporação da mesma no salário para todos os agentes. Segundo Eriston, hoje, a gratificação é dada para cerca de 50% dos agentes, que realizam "atividades especiais e diferenciadas". Além disso, pedem reajuste salarial e melhores condições de trabalho (segundo Eriston, as viaturas estariam depredadas e motos com 10 anos de uso).
Até que as negociações avancem, a ordem dos agente é uma: "Vamos ficar aqui até sermos atendidos", afirma Eriston Ferreira.

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