1) Esquecer das velas do motor
As velas fazem o mesmo papel do
acendedor do fogão. Quem já não passou pela experiência de ficar apertando
aquele botão e nada do fogo acender? E o cheiro de gás que fica dentro da
cozinha?
Com as velas do motor acontece o
mesmo: elas são responsáveis pela combustão da mistura ar-combustível que
acontece dentro do motor.
Quando a faísca (arco voltaico que
possui uma tensão de 20 mil a 30 mil volts) está fraca, parte do combustível
não é queimada e acaba sendo expelida pelo escapamento.
Alguns problemas podem diminuir a vida
útil das velas, como o desgaste interno do motor ou a correia dentada fora de
ponto, mas o mais comum é a má qualidade do combustível.
Na grande maioria dos veículos, as velas
devem ser substituídas a cada 20.000 km. No momento da troca, aproveite para
verificar os cabos de velas. Consulte o manual do proprietário, para saber a
especificação e o prazo recomendado para substituição.
2) Rodar com o carro desalinhado
Quem faz supermercado já viu este
filme: o carrinho de compras “desajeitado, que está com as rodinhas tortas e
faz você sentir no braço o esforço extra. Com seu carro acontece o mesmo:
quando as rodas estão desalinhadas, o consumo aumenta muito devido ao esforço extra
do motor, sem falar no pneu que acaba mais cedo.
Este problema ocorre quando você pega
muitos buracos ou encosta as rodas na guia durante as manobras. Você percebe
que as rodas estão desalinhadas quando o volante puxa para um dos lados.
Se o carro possui direção hidráulica,
este sintoma fica menos perceptível. Por isso, é essencial fazer a verificação
do alinhamento da suspensão a cada 10.000 km.
3) Rodar com pneu murcho
Outro dia observava um posto de
gasolina: ele possuía cinco bombas de abastecimento e apenas um calibrador de
pneus. Este fato demonstra que, infelizmente, não temos o costume de calibrar
os pneus. Porém, o consumo de combustível aumenta 15% para 4 libras a menos de
pressão. Manter os pneus com a pressão correta, além de economizar combustível,
prolonga a vida útil dos pneus e exige menos da suspensão e da direção.
4) Deixar de trocar filtros
Filtro de ar sujo impede a entrada de
ar, assim, parte do combustível não será queimada devido à falta de oxigênio na
mistura. O mesmo acontece com o filtro de combustível: quando entupido, ele
também altera a relação ar-combustível, conhecida pelos técnicos como relação
estequiométrica.
Os filtros têm um custo baixo e devem
ser substituídos a cada 10.000 km. Se você pega estrada de terra com frequência,
é bom verificar o filtro de ar a cada 5.000 km.
5) Fazer do porta-malas uma dispensa
Muita gente faz do porta-malas do
carro um “quartinho da bagunça”, transportando peso desnecessário e,
consequentemente, fazendo o carro consumir mais combustível.
Outros motoristas, quando vão viajar,
esquecem que no destino também tem supermercado e lotam o carro com engradados
de bebidas, mantimentos, enfim, vários itens que poderiam ser adquiridos na
cidade de destino.
Dar carona é uma atitude louvável,
desde que seja para deixar outros carros na garagem, pois três pessoas a mais
representam, em média, 200 kg de peso extra, gerando um aumento de até 20% no
consumo.
6) Usar 'penduricalhos' no carro
As montadoras investem muito dinheiro
para reduzir o coeficiente de aerodinâmica ou coeficiente de penetração (o Cx),
que é um numero que indica o quanto a carroceria do seu carro oferece de
resistência ao vento.
Alguns acessórios/bagagens que no teto
dos veículos devem ser evitados: racks, bagageiros, pranchas, bicicletas. Eles
aumentam a resistência do carro ao vento. Isso também acontece quando deixamos
os vidros abertos. Para ter uma ideia do que representa a resistência ao vento,
experimente colocar a mão para fora da janela a 80km/h.
Nas picapes, o ideal é instalar uma
capota marítima nas caçambas. Quando descobertas, elas também prejudicam o
desempenho.
7) Ter 'pé pesado'
Se você fica ansioso pela luz verde no
semáforo e se sente um piloto a instantes da largada, trate de mudar de
personagem se quiser economizar combustível. Faça como a maioria dos taxistas:
não dê arrancadas bruscas. Quando for sair com o carro, imagine que tem um
aquário (com água) preso no teto do veículo e vá com calma para não
"derrubá-lo".
Não estique as marchas: uma das
funções do conta-giros do painel é dar subsídio ao motorista para conseguir a
maior velocidade com a menor rotação do motor.
Outro indicador de que se está
gastando muito combustível é quando as pessoas reclamam que ficam enjoadas ao
andar com você ao volante. Isto acontece quando o motorista acelera e freia
constantemente. Administrar o trânsito à frente é uma boa maneira de
economizar: quanto menos você tiver que pisar no freio e usar a primeira
marcha, menos combustível gastará.
Para fechar o assunto dos "pés
pesados", quem possui carro automático deve procurar fazer com que ele
mude a marcha com o aumento da velocidade e, não com o aumento da rotação do
motor. Como? Ao sair, aperte o acelerador até a metade do curso e mantenha-o
nesta posição: você perceberá que o veículo ganhará velocidade e trocará as
marchas sem que precise pressionar mais o pedal do acelerador.
8) Ignorar a luz da injeção acesa
Se a luz da injeção acender no painel,
corra para o mecânico, pois o sistema de injeção entrou em estado de
emergência, ele detectou pane de algum sensor.
Para que o motor não apague no meio do
trânsito, o módulo da injeção utilizará um valor médio de sua memória para substituir
a informação do sensor danificado, permitindo que você siga viagem. Porém, este
recurso acaba gerando alto consumo de combustível.
9) Escolher caminhos com mais curvas e
semáforos
Experimente empurrar seu carro com o
volante reto, depois faça o mesmo com o volante todo esterçado. No segundo
caso, o esforço será muito maior. Se você não mora em cidades grandes e tem a
opção de escolher, evite caminhos com muitos semáforos, curvas e trânsito: nem
sempre o caminho mais curto é o mais econômico.
Também não precisa passar calor, mas
tem gente que anda sempre com o ar-condicionado do ligado: este acessório
consome em media 15% a mais de combustível, use com moderação.
10) Usar combustível de má qualidade e
'confundir' o carro flex
Para economizar ao máximo, evite
dividir o tanque entre etanol e gasolina: utilize um ou outro. Quando você
mistura, o sistema de injeção perde um tempo para definir a relação
ar-combustível ideal e, nesse intervalo, o consumo acaba aumentando. Prefira
esperar o ponteiro chegar à reserva e encha o tanque com um deles.
No entanto, ainda que você siga todas
dicas anteriores, a má qualidade do combustível poderá resultar em até 30% a
mais de consumo.
Se você utiliza etanol, dê preferência
para postos que possuam o densímetro ao lado da bomba. Se prefere gasolina, a
tarefa é mais difícil: não podemos generalizar, mas via de regra, a gasolina de
má qualidade já é percebida na saída do posto. O motor fica com pouca potência,
dá a impressão de que o pedal do acelerador fica "borrachudo".
O mau cheiro nos gases do escapamento
é outro indicador. Porém, não prejulgue o posto de combustível: o mau cheiro no
escapamento pode ser um problema no catalisador.
Os equipamentos que fazem análise de
combustíveis são caríssimos. Meus colegas engenheiros que me desculpem, mas
aqui vai uma dica prática: na década de 70, quando íamos com nossos pais
abastecer o carro, o cheiro da gasolina era muito forte, as pessoas que estavam
dentro do carro ficavam nauseadas. A gasolina boa tem cheiro forte. Então, se
você entrar em um posto de combustíveis e notar que o cheiro é forte o
suficiente para incomodar, pode encher o tanque.Fonte:portaldotransito.com.b
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