Exame toxicológico é concluído hoje

Quinta-feira, 05/01/2012, 03h20
O Centro de Perícias Científicas “Renato Chaves” (CPCRC) conclui ainda hoje o resultado da análise toxicológica de Victor Hugo Carvalho da Costa, militar da Aeronáutica. No dia 26 de dezembro, Victor Hugo atropelou e matou o agente de trânsito da Guarda Municipal de Belém (GMB), Adauto Cruz Melo, de 45 anos. Victor é acusado de dirigir em alta velocidade e no interior do veículo do militar ainda foram encontradas papelotes de pasta de cocaína.
A assessoria de imprensa do CPC “Renato Chaves” informou que o exame de dosagem alcoólica de Victor Hugo Costa já foi concluído, mas só será encaminhado à polícia junto com o laudo toxicológico. Hoje deve ser finalizada a análise para sabe se houve ou não o consumo de drogas por parte do militar. Os resultados serão encaminhados ao delegado responsável pelo caso que optará ou não por sua divulgação.
O militar Victor Hugo Carvalho da Rocha, nome que consta no alvará de soltura do acusado, está em liberdade desde o dia 31 de dezembro. Ele permaneceu preso apenas 5 dias no prédio do 1º Comando Aéreo Regional (1º Comar). A assessoria de imprensa da Aeronáutica informou que a instituição militar acatou a determinação do juiz Jaires Taves Barreto, que revogou a prisão preventiva de Victor Hugo após o pagamento de fiança arbitrada em um salário mínimo.
A assessoria acrescentou que o militar já voltou às suas atividades normais e que no momento dá suporte às investigações realizadas pela polícia e a Justiça. A Aeronáutica vai aguardar o resultado do processo para ver qual será o procedimento adotado pela instituição.
Já o presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA), Dênis Farias, informou que recebeu ontem um requerimento da família para que tomasse providências sobre o caso. Dênis explicou que na próxima segunda-feira (9) a direção da OAB se reúne após o fim do recesso de final de ano, onde solicitará atuar como assistente de acusação no caso.
Dênis Farias vai aguardar o fim do recesso no Judiciário, que ocorre também no dia 9 de janeiro, para saber para qual juiz o processo será distribuído e encaminhar os pedidos.
DOLOSO
A primeira providência a ser adotada, afirma Farias, será pedir à polícia a requalificação do caso para homicídio doloso. Ele também pretende solicitar que o juiz responsável pelo processo determine, em caráter cautelar, que seja revogado o direito de Victor Hugo dirigir. “Isso com base no artigo 294 do Código de Trânsito Brasileiro. Se o juiz não acatar, vamos recorrer aos tribunais superiores e pedir que o acusado seja julgado pelo júri popular”. (Diário do Pará)

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